CALOR

O êxtase pelo movimento, a existência além da pele.

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CALOR reúne em cena três corpos com uma temperatura inicial de 37°C. Três performers embarcam em uma investigação física, atravessando as diferentes escalas de calor produzidas por seus corpos e pelo encontro entre eles. Um aumento térmico que busca nos inflamar por dentro, alcançando um corpo que se expande até não mais caber nos limites de sua pele. Uma expansão radical do espaço íntimo, que se torna um espaço comum, desfazendo as fronteiras entre o eu e o outro por meio do êxtase e do sonho.

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CALOR marca o ponto de partida para uma reflexão ampliada sobre a pele, essa barreira que nos envolve e define os contornos do nosso ser. Com este projeto, exploro as fronteiras do nosso corpo em uma busca por expansão corporal e sensorial. O calor aqui torna-se uma força transformadora, capaz de deformar a matéria, redefinir os contornos e densidades do corpo, mas também de abrir um portal para estados físicos incomuns. Metamorfoses que despertam uma reflexão sobre nossa compreensão do que é permitido, desejável ou "normal" para um corpo.

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Este projeto coreográfico dá continuidade à reflexão iniciada no meu solo Somnambule, onde explorei a noção de "direito ao corpo". Por meio da dança, Somnambule questionava as permissões concedidas ao nosso corpo, posicionando o sono como um espaço de resistência às lógicas impostas de existência. Com CALOR, busco aprofundar essa reflexão, enfatizando a possibilidade de um corpo em constante expansão, capaz de redefinir seus próprios limites e se tornar um espaço comum.